27.12.06

2007

Tive um Natal diferente! A menina foi jantar, com pai, a casa da avó paterna e eu fui jantar a casa de uma amiga minha e depois fui trabalhar.
Se me custou? Sim custou-me um bocado, principalmente quando os vi a sair de casa, mas foi assim que teve de ser, contudo custou-me menos que aquele Natal de 99, quando ele me despejou em casa e depois foi para a mãe.
Neste Natal ficou o consolo que ela se ía divertir até dizer chega, e foi o que realmente aconteceu.
Quanto ao Ano Novo, ainda não sei muito bem como vai ser...Esta semana faço os meus ultimos turnos no meu serviço, vou passar a trabalhar só de manhã, ou seja vou fazer o dito horário fixo, que eu detesto, mas pela minha filha eu vou conseguir ultrapassar mais esta adaptação.
Estou com a fezada que este ano que se aproxima vai ser um espetáculo, pode ser só esperança, mas estou convencida que vai ser um grande ano!!
Para ti, também desejo um grande ano de 2007.
Sim estou convensida que sim, vai ser um grande ano

13.12.06

Borga!!!

Hoje estou bem disposta.
Só o facto de estar sol já me anima o espírito, de tal forma que vesti uma mini-saia, coisa que já não fazia há n.
Tenho o jantar de serviço na sexta feira e andei às compras, comprei uma camisola que sei que me fica a matar, já sei o que vou levar vestido: os meus corsários, que modestia à parte também me ficam muito bem, a tal camisola e as minhas botas de licra-pele. Era para ir de mini-saia mas não me ía sentir bem.
Só a prespectiva de ir para a borga, divertir-me um bocado, deixa-me ansiosa, morta que chegue o dia...
Se calhar ainda me maquilho um bocadito, ou peço a alguém que o faça por mim.
No entanto, como ainda não resolvi oproblema da casa e ainda estou com o J., há algo que me retrai, para não o espicassar, para ele não julgar que vou para o engate, assim toda arranjada...
Tenho que deixar de pensar no que ele vai achar disto ou daquilo que eu faça, ele já não é meu marido, no entanto tenho que agir com cautela para não despertar a vingança que há nele...
Cautela à parte, espero divertir-me, não vão gajos, só dois ou três que eu já conheço, mas vão as tias todas do serviço e quero mostrar-lhes que sou gira e boa ????!!!
Tem graça, antes quando me perguntavam se estava boa , eu dizia que sempre o fui, agora já não digo isso, não me sinto bem ao faze-lo, digo antes que nunca o fui e penso para mim que, se realmente eu fosse boa a minha vida de casada teria sido diferente...
Fica bem.

7.12.06

...13

Um dia desta semana lembrei-me de ir ler os diários que escrevi quando ainda namorava com ele.
E: ele já era assim, tenho várias passagens iguais àquelas que vivi ao longo dos anos, já nessa altura ele era egoista, egocentrico, manipulador...
Como fui burra, idiota, crente...
Tenho várias passagens que referem que não ia ter filhos dele enquanto não mudasse...E no entanto tive a C..
No inicio da vida de casada já falava em divórcio, e hoje penso como fui crente ao ponto de ir adiando cada vez mais essa resolução.
Devia ter lido estes diários há mais tempo, talvez assim já me tivesse libertado dele.
É com muita tristeza que vejo isto tudo. Não choro, não grito, só penso como fui burra...
O discurso dele mudou completamente: quer resolver tudo a bem, sem litigioso, mas quer a guarda conjunta da filha.
O meu advogado aconselhou-me dar-lhe a volta porque mais cedo ou mais tarde esta guarda dá para o torto e depois temos que reabrir o processo.
Expliquei-lhe os inconvenientes desta guarda para a menina e ele ficou de pensar e eu fiquei de consultar um psicólogo infantil ...coisa que não vou fazer, vou perguntar à minha o que ela pensa e depois digo-lhe!
Para filho da puta, filho da puta e meio, como se diz na minha terra.
Fica bem

28.11.06

...12

Ele- a tua visão do casamento é diferente!
Ela- o quê? Tu não me dares atenção, ou carinho ou simplesmente um ombro para eu chorar é ser diferente?
Ele- Eu vejo o casamento como um projecto futuro, a longo prazo, dava-te carinho ou atenção quando tinha disponibilidade, se não dava logo era porque ia ter tempo para de dar mais tarde, pois eu julgava que era para sempre!
Ela-????
Ele- Sim, porque muitas vezes eu queria dar-te carinho ou uma festa e tu não querias ou não estavas para aí virada. Fiz muitas coisas a pensar em ti, sabes o que mais: eu devia ter sido mais egoísta, devia ter pensado mais em mim!!!
Ela-Mais?
Ele- Tu ligas muito a pequenas coisas, a coisas sem significancia...
Ela- Mas são as essas coisas que me magoaram...
Ele- Coisas que já passaram...
Ela- O teu passado foi o meu presente, Sabes estive a ler os meus diários, e quando namoravamos já te comportavas assim: frio, amuado, não querias saber de mim quando eu precisava de descarregar em alguém e no entanto...
Ele- Pois, tu vês o casamento de maneira diferente, para alcançar o meu projecto fazia qualquer coisa e o meu objectivo era ...
Blá, Blá, Blá, Blá, blá, blá....

26.11.06

...11

Têm sido dias muito dificeis.
Desde que o meu pai teve a triste ideia de dar palpites, que as coisas pioraram.
Se dantes tinha vontade de estar com eles, agora não quero e não me apetece estar com os meus pais. Para quê? Para me darem nas orelhas ou para se armar em parvo?, não, não me apetece mesmo nada...
Devo esta situação ao meu futuro ex-marido, que mais uma vez conseguiu o que queria, afastá-los daqui...
E eu fiquei sem o meu ninho, onde eu me sentia estimada e protegida, como se zelassem por mim, mesmo longe de mim.
Agora sobra-me meia-duzia de amigas.
Hoje vim trabalhar de manhã e, quando sai às 15 h, pensei: e agora? Não tenho ninguém à minha espera.
Fui para casa e tomei um banho quentissimo, enchi-me de creme, calçei dois pares de meias e um fato de treino e enfiei-me no sofá a ver 007 até que pai e filha chegaram.
E pensei que este vai ser o meu futuro, certamente vai existir fins-d-semana em que vou estar sem a minha menina, e eu tenho que aprender a não viver em função dela, senão qualquer dia ela faz comigo o que o pai me fez-manipula-me!
De vez em quando desligava desta realidade e ía até a minha ilusão onde passei o fim-d-semana com alguém que me ama, quase que pude sentir o seu peito nu e cheio de pelos na minha cara.
Se fechasse os olhos poderia sentir até o seu cheiro.
É incrivel o que o ser humano inventa para fugir a uma realidade dolorosa, e, eu na 6ª feira passada tinha dado tudo, mas tudo mesmo por uns momentos assim.
Quando saí daqui, não fui logo para casa, fui até um sítio que eu gosto particularmente nesta cidade e fiquei lá a olhar para o infinito e para a àgua.
A sorte era que eu estava com o carro dele, porque senão tinha ido até à Costa ou até à Vagueira, que é o unico sitio onde se vê o mar. Aí sim, ter-me-ia acalmado....o mar revolto acama-me
Prevê-se uma semana diferente...Talvez...Quem sabe....
Fica bem

24.11.06

...10

Hoje, sem duvida apetecia-me um colo diferente, um abraço de um amigo masculino, se é que me percebes...
Gostava de ter passado esta tarde chuvosa na companhia dele, só assim abruçada no colo dele a curtir o carinho e a festa que ele, pacientemente, me faria na cabeça...
E toda a tarde ele me diria palavras de conforto, me faria rir e me diria que ia tudo correr bem...
Mas esta é a realidade alternativa que eu de vez em quando tenho, como se fugisse à realidade e me refugiasse neste mundo de ilusão, mas quando volto à realidade até doi...
Nesta realidade que me rodeia, omeu pai telefonou-me a dizer que isto não é vida, que tenho que assumir as responsabilidades, fazer com que ele saia de casa, porque é muito dificil viver assim...
Pedir um emprestimo e pagar a hipoteca toda, para ele sair de casa, depois quando se vendesse a casa ele daria-me a minha parte...
Isto tudo para me dizer, por meias palavras, que eles não vêm cá mais, enquanto eu não tiver uma casa só para mim.
Foi como se me tivesse tirado todo o tapete debaixo dos pés, fiquei fodida, primeiro porque ele quis me dizer como resolver as coisas á maneira dele, mesmo que não fosse a correcta, depois porque afinal eu não errei muito quando dizia que tinha medo da reacção dos meus pais, ora, aí está ela, antes tarde que nunca...
Parece que só agora viram o que realmente se estava a passar...
E ainda teve a destinta lata de me dizer, em tom de riso, que ele ainda me ía conquistar, e eu passei-me e disse-lhe, ao meu pai, que o J. ía conquistar, o caralho!!!
Só me apeteceu desligar-lhe o telefone, por respeito?! não o fiz.
Na realidade não está em causa nada mais que visitar a neta, que sendo assim a vão ver menos vezes, pois se eles não vêm cá mais...
Como é possível serem assim e terem este poder sobre mim? O meu pai sempre gostou de me dizer como viver a minha vida, se tivesse ficado no Porto a nossa convivência não teria melhorado como melhorou.
De tal maneira que ele uma vez leu o meu diário e presumiu que eu já não era virgem, então fez-me sentir a pior das filhas, não falou directamente mas por outras palavras, namorava eu com o P., e realmente não tinha havido nada a não ser uns beijos e uns apalpanços, ou amaços!!!
Fiquei furiosa e com um peso de consciencia enorme, não sei o que me doeu mais, ele invadir a minha privacidade ou ele me chantagear.
De outra vez não me deixou ir acampar com o J., para comemorar o fim de curso, alegando que a minha mãe não aguentaria e ele ia ficar já não sei como, portanto não fui e passei o dia a chorar num motel em viana do castelo, no colo do J.
Lá estava a chantagem outra vez...
Por fim antes do casamento sismou que eu tinha de convidar quem ele queria, incluindo família que eu não gostava, aí eu berrei-lhe, bati-lhe com a porta na cara e disse-lhe que o casamento era meu, eu convidava quem eu queria.
Só desta vez ele me pediu desculpa...
E agora, pergunto eu?
Mais sozinha que nunca, cá estou eu a vaguear pelo mundo das ilusões, que é onde estou bem...
Cada vez tenho mais vontade de desaparecer...

Hoje

Hoje estou cheia de não me apetece!!!
E este tempo foleiro que não se vai embora...
Hoje estou de folga, só vou fazer SIGIC logo por volta das 20 horas, mas só tem um doente...
Conclusão vou chegar cedo a casa, estava com fezada de chegar tarde mas...
Sempre gostei mais de trabalhar de noite que de dia, já quando era garota gostava de estudar pela noite dentro, detestava e não rendia, estudar de manhã.
Há coisas que , felizmente não mudam...

20.11.06

...9

Hoje os meus pais vieram cá...
Ele foi dar sangue e levou a menina...
Os meus pais chegaram cedo pois traziam o almoço, que era feijoada...
Ele chegou por volta das 12.30 h com modos bruscos e agressivo para com os meus pais, instalou-se automaticamente mau ambiente...
Almoçamos, não sem antes ele me tratar com 4 pedras na mão bem alto, para toda a gente ouvir como ele é macho e viril...
Foi-se embora depois de almoço, compreendo que seja dificil encarar os meus pais, mas eu também passei por isso em relação à mãe dele e sempre a tratei bem. Não se despediu...
Graças a Deus que existe neta, porque senão não tinha havido tema de conversa durante todo o dia...
Quando se iam embora, a minha mãe com a lágrima no olho disse-me que estava morta por se ir embora, pois ele se tinha ido embora com medo que eles o tratassem mal...
Quer se dizer, ela ainda estava cheia de culpa por ele ter passado a tarde fora...
Para completar este dia maravilhoso a minha filha perguntou pelo pai a meio da tarde e eu não soube o que responder, fui apanhada completamente desprevenida...
Neste momento estou no serviço, mas apetecia-me contar-te isto, e contar-te ainda que tirei a aliança definitivamente e só me apeteceu pô-la no lixo, mas vinha a conduzir e deixei-a no carro, desde então só choro e foi com grande esforço que me controlei...
De repente começo a sentir por ele uma raiva e um ódio capaz de o trucidar, pelo que me está a fazer e pelo que fez aos meus pais, cada vez me convenso mais que tomei a resolução certa.
Quanto à filha, ele que nem pense que vai ficar com ela, nem que eu vá para o tribunal dar cabo dele, mas agora é que não fica com ela, nem sequer guarda conjunta, a não ser que a advogada me diga o contrário!!!
Realmente é uma pena eu não ter dinheiro, não ganhei a lotaria nem tenho pais ricos...
Mas sabes que mais, gosto de pensar que depois da tempestade há-de vir a bonança, e eu estou à espera dela pacientemente...
Fica bem

17.11.06

Euromilhões

No limiar dos sonhos, gostava de ganhar um bocadinho do euromilhões!
Para quê? perguntas tu, para comprar um apartamento para mim e para a minha filha.
Se isso acontecesse amanhã mesmo pegava na garota e saia de casa, sem me preocupar em abandonar o lar, nem com o recheio do lar, nem mesmo com o outro dono do lar!
Visto eu ter uma hipoteca desta casa, não posso comprar outra sem vender esta e liquidar a divida, portanto dinheiro vivo em quantidade suficiente para comprar o meu canto é tudo o que eu desejo e resolveria assim, num abrir e fechar de olhos o meu problema...
Era bom, não era???

15.11.06

É quase Natal...

Amanhã vou levar nas orelhas da minha Psi, não fiz nada do que ela disse para fazer...
Gostava que ela me ensinasse a viver assim, no fio da navalha...
Entretanto o Natal aproxima-se, logo aproxima-se tempo de nostalgia e choro compulsivo...
Já choro pouco, agora é que vai ser...Não gosto do Natal!
Estou a trabalhar no Natal, a meu pedido faço a noite de Natal, assim dia 25 pego na garota e ponho-me a andar, para o Porto, para os meus pais...Mas vai-me custar muito deixar a minha filha na noite de Natal, mas prefiro assim.
Este ano o Natal seria cá, em casa da minha sogra, mas vistos os factos, não acho lógico participar na palhaçada que ele quer a todo o custo manter, assim vou trabalhar, a menina não estranha e fica tudo como está.
Para o ano será de outra maneira: se tudo correr bem já terei a minha casa e já passarei o Natal com a minha filha e com os meus pais, enfim passarei o Natal com aqueles que me querem bem.
Ou será que até lá as coisas não estarão resolvidas e eu ainda estarei aqui nesta casa que já não me diz nada, só sofrimento, com um homem que ainda me diz menos ainda?
Gostava de saber o futuro, só para saber se posso ter esperança ou não
Fica bem

3.11.06

...8

Estou tão cansada!
Quando é que isto vai acabar?
Afinal ele só pôs a casa à venda com o propósito de entretanto, me dar a volta para comprar-mos uma outra casa, nós os dois!!!!
Como é possivel eu continuar tão crente e pensar que ele finalmente tinha concordado em cada um seguir o seu caminho?
Ele prefere ficar assim, separados , mas a viver na mesma casa, ou seja quer que continuemos a viver a mesma farsa que vivemos à anos, eu não sei da vida dele e ela não sabe da minha vida, o unico contacto físico que temos é um beijo que damos na face... Como pode ser possível ele querer isto?E vamos viver assim por tempo indeterminado?
Por isso ele não falava sobre a casa nova dele, ainda hoje me disse que depois de vender esta logo se via, e esta atitude só me entristesse porque continua a manipular-me de uma maneira ou de outra,
Será que ele não compreende que quero uma casa só para mim? E de preferência longe dele?
Já não sei mais o que hei-de fazer...Estou tão farta disto...Só me apetece dar um tiro na cabeça, na minha cabeça...
Estou tão cansada...

2.11.06

...7

A minha casa já está à venda...
È com melancolia e tristeza que penso nisso...
Não quero cá estar quando vierem vê-la, só quero assinar a venda, mais nada, nem sei se quero conhecer os novos donos...
E logo eu, que insisti com ele para mudar-mos de casa, mais para o centro da cidade, como se fosse essa a resolução dos nossos problemas...
Vou ter muita pena de a deixar...
Aqui passei muitas horas, muitas horas sózinha, fiz as cortinas todas, fui eu que dei para trás às ervas daninhas do meu jardim, fui eu que espetei as orquídes e as rosas, era eu que mantinha a casa mais ou menos arrumada...
Com o passar do tempo fui olhando-a como um refugio, o meu refugio silencioso e cumplice, que assistiu a todas as crises do meu casamento.
Se ela pudesse falar contava como já fui infeliz nesta casa, a quantidade de vezes que adormeci debruçada na mesa da sala à espera de quem nunca chegou...Aqui passei o meu 1º Natal sózinha...
Vai ser bom começar outra vez numa casa nova, sem histórias minhas para contar, mas deixar esta vai-me custar muito...
De há uns tempos para cá, dizia-lhe que não gostava de cá viver, longe de tudo e todos, gostava de pegar na casa e planta-la no centro da cidade, por isso mesmo, por ela fazer parte da minha história de vida...
Da casa dos meus pais saí para vir para esta, e agora saio para ir não sei muito bem para onde, enquanto espero tenho esperança no futuro e vou arrumando coisas e loisas que precisavam de ser arrumadas há muito tempo, mas não por esta razão...
Fica bem...

28.10.06

...6

Olá!
Afinal já pôs a casa à venda, para cada um seguir o seu caminho...
Deixou de se armar em vitima, e penso eu, começou a ver as coisas com mais nitidez.
Perguntou-me se eu algum dia pensei que ele poderia querer ficar com a C.. Foi como se me tivessem tirado o tapete, nunca tinha pensado nisso, sempre presumi que a minha filha ficava comigo e ele de repente demonstrou interesse em lutar por ela na justiça...
Realmente nunca tinha pensado nisso e ele pôs-me bastante medo quando demonstrou a sua vontade, mas não sei se foi bluf ou a sério, porque pouco depois disse-me que concordaria na guarda conjunta, para assim puder ver a filha quando quisesse.
Mas eu acho que essa vontade de estar com a filha vai passar com o tempo, pois ele já está a pensar mudar de empresa novamente e fundar uma empresa dele, e se bem o conheço vai pôr o trabalho em primeiro lugar e só depois virá a filha que ele agora quer tanto!! Mas Deus queira que eu me engane e ele realmente mude, não por mim mas pela filha...
Fui novamente á minha Psi, ficou surpreendida com as minhas decisões porque nunca tinha pensado que eu fizesse o que fiz, mas perguntou-me o que é que ainda faço com a aliança de casada no dedo e se ainda dormia-mos na mesma cama.
O dormir não me incomoda contando que ele não me toque, e a cama é suficientemente grande para isso acontecer quanto a aliança...não é por falta de vontade mas alguma coisa me impede, pelo menos na frente dele uso-a, mas quando ele não está tiro-a e no serviço também, mas á frente dele custa-me tirá-la pois sei que ele dá algum valor a ela e eu não o quero magoar mais. Sim talvez seja por isso...
Quanto à cama, por essa ordem de ideias nem devia passar a ferro a roupa dele ou fazer-lhe o almoço/jantar ou comprar-lhe comida para a despensa, enfim penso que esse assunto da cama é secundário.
Outra novidade: fui falar com a minha cunhada G., entregar-lhe a prenda de Natal que eu já tinha comprado, e cheguei á conclusão que ela é igual a ele, põem o trabalho á frente de tudo, e como ela já passou por uma situação semelhante, disse-me que teve a mesma reacção que o irmão. Contei-lhe breves passagens do irmão e ela só dizia que, com ela tinha sido ao contrário, tinha sido ela a prevaricar com o ex-marido.
Disse-me para lhe dar tempo porque lhe perguntou se era feliz ou estava acomodado ele não soube responder, para lhe dar tempo para ele assimilar a ideia e por vontade própria ele irá propôr o divócio, foi assim com ela.
A G. não queria , mas depois de se separar do ex, e analisar a situação friamente, decidiu dar-lhe o que ele lhe pedia e não se arrependeu.
Realmente o meu marido já me tinha dito, no meio destas discuções, que queria separar-se, mas eu tive tanto medo que ele me mantivesse presa que eu disse que não, era já o divórcio!
Ele falar de vender a casa e comprar uma para ele já é um grande passo, mas será que não me vai continuar a prender, á espera que eu o aceite de volta, sempre na esperança?
Eu não quero um daqueles homens-lapa, que controlam tudo sob o pretexto de educar a filha, quero viver a minha vida sem ter a sensação de magoar seja quem fôr ou deixar de fazer isto ou aquilo porque ele não ía gostar...
Isto realmente é muito complicado, no entanto pretendo ir na mesma a um advogado para me informar do que é preciso para quando eu resolver avançar estar tudo pronto...
Fica bem!

23.10.06

...5

Grandes novidades tinha eu, quando cheguei a casa ontem.
Eis se não quando ele me diz que pediu ao banco a avaliação da casa para a pôr á venda...Foi como se me tivesse a libertar!
Sim, a sensação foi essa, ainda que momentanea, pois logo a seguir disse que me queria levar a um apartamento que viu, que seria ideal para nós.
NÒS?! (e voltamos outra vez ao mesmo assunto), não há nós, só existe o "eu" para cada um.
-que estava a destruir a nossa família
-que a estava a desmembrar
-e a C.? como podia eu falar tão friamente da nossa filha?
Ok, aqui fiquei a gaguejar, porque nem eu percebo esta minha atitude. Não sei se é bem de frieza, mas para mim está tudo muito bem arrumado na minha cabeça: a C. fica comigo e eu ,por ela, deixo o horário rotativo para fazer só manhãs, coisa que eu detesto, mas por ela faço tudo, mas por ele já não.
-que também houveram coisas boas
Ok, aqui também gaguejei, e pensei para mim, não para ele, porque é que as coisas más estão a pesar mais que as boas?, será por haverem poucas boas?
-que não era o monstro que eu pintava
Ontem quase que o tratei mal, e pedi-lhe encarecidamente(mais uma vez) para ele aceitar a minha decisão , pelo menos uma vez na vida, porque estou a um passo de descarregar a minha furia, que esteve contida tantos anos e eu quero respeitá-lo como pai da minha filha, que ele vai ser para sempre.
Ele virasse para mim e diz que a psicóloga dele o avisou que eu ía reagir assim, com raiva, potanto já estava à espera. O QUÊ?
Senti-me mais uma vez manipulada.
Quanto às coisas boas...diz que esteve lá quando eu tive necessidade dele, nas minhas crises de coluna, quando bati com o carro, quando torci o pé, quando perdi a pen, enfim também houveram momentos bons...E é aqui que eu acho que ele me está a dar volta, porque sempre que ele diz isto eu vacilo (e ele deve dar conta), ainda não arrajei resposta suficiente á altura, apesar de enumerar todos os momentos maus que me marcaram profundamente e que me retiraram a confiança cega que eu tinha nele.
Diz-me tu, que sabes tudo, porque é que esses momentos bons pesam muito menos, e até chegam a passar despercebidos (já foram há tanto tempo) nesta batalha psicológica?
Podiam servir para eu me agarrar a eles, mais uma vez, para lhe dar mais uma portunidade, mas não, os momentos maus são a minha tabua de salvação, são o que me mantem lucida no meio desta farsa toda, quando penso que seria mais fácil desistir de tudo isto e voltar á mesma vidinha com o meu marido, acomodar-me.
Quando estes sentimentos me assolam, eu agarro-me ao sofrimento que já vivi, como se tivesse necessidade de estar constantemente a sofrer para não desistir de ser feliz, mas longe dele.
Não confio mais nele , quando me diz que deixou de fumar charros, mas a caixinha deles ainda está no mesmo sitio, que me dá mais valor e anda mais meloso, não acredito em nada disto. Para mim é realmente igual ao litro que ele deixe de fumar, até porque eu acho que mal eu vire costas ele vai voltar á mesma vida.
E, como não estou habituada que ele me trate com tanto mel, só me dá vontade de lhe bater quando ele me pergunta pelo trabalho e emprega aquele tom, de quem está a falar para putos, um tom condescendente, como quem diz :ok, se é isso que queres, eu preocupo-me contigo, mas só até teres um brinquedo novo para te distraíres...
Não suporto que ele me toque, parece que me queima sempra que me rouba um beijo quando sai de casa...
Percebeste, eventualmente, alguma coisa que eu estive para aqui a escrever?
è que a mim tudo parece-me muito confuso, por isso é que escrevo para ilucidar as minhas ideias, para não ficar tola porque tenho uma filha para educar e ver a crescer!
Obrigado e fica bem

22.10.06

...4

O tempo passa e os homens comportam-se sempre da mesma maneira quando perdem "o seu amor".
Quando tinha 16 anos tive um namorado que me traiu, e eu, boa cachopa, decidi dar-lhe uma segunda oportunidade, até que um dia chega a casa a dizer que estava confuso, que tinha conhecido uma garota e não sabia de quem gostava mais. Ora, aquilo que vi e que não vi acabei o namoro, ele saiu de minha casa a chorar e a suplicar o meu perdão.
Anos mais tarde também acabei um namoro, já na faculdade, e ele no seu desespero e também a chorar disse que dava um tiro na cabeça...não lhe liguei nenhum...
Agora, ele também chora, pede-me perdão, pede-me uma segunda oportunidade, diz que anda triste e não consegue trabalhar...
Não, digo eu, quantas oportunidades é que eu lhe dei, há quanto tempo ando triste, sem conseguir dar o meu melhor no meu serviço, quantas lágrimas eu já chorei por ele e só agora é que se lembrou...
Os anos passam mas os homens continuam iguais e a vida vai avançando indeferente a isto tudo...
Pergunto-te a ti , que me tens ouvido pacientemente, quanto tempo é que ele vai demorar para me deixar ir embora?
Quanto tempo vou eu aguentar sem o mal tratar, sem descarregar a minha furia, que agora parece estar a surgir, como se estivesse enterrada à muito tempo...
Da ultima vez que falamos , fui bastante rude com ele, tantas vezes me acusou de me estar a armar em vitima e agora ele é que está a fazer esse papel de desgraçado, diz que falou com a irmã desabafou com ela,mas não chegou, portanto ligou para a minha amiga E. para desabafar...
LIGOU PARA A MINHA AMIGA...só me apeteceu espancá-lo!!!; depois disse-me que pensou em ligar para o meu pai para falar com ele...Ainda pensou naminha amiga M. mas que mudou de ideias...
Não sei muito bem o que ele pretende mas...se calhar até sei, quer que sejam os meus amigos a dizerem-me para lhe dar mais uma oportunidade, passados tantos anos ainda acha que sou facilmente influenciavel por quem quer que seja...
Estas pequenas coisas já não me magoam, mas deixam-me triste pois conheço-o como a palma das minhas mãos, mas ele não se deu ao trabalho de me conhecer...

20.10.06

Como será?

Como será ser estimada por alguém?
Como será ter alguém que lute por mim?
Como será estar apaixonada?
Como será ser correspondida?
Como será ter alguém que me complete?
Como será ser a pessoa mais importante da vida do outro?
Como será fazer amor com essa pessoa?
Porque é que só agora é que penso nisto, sabendo que há tanto tempo que não tenho nada disto?
Pensa, para depois me poderes responder...
Fica bem

17.10.06

...(3)

-que me ama muito;
-que por mim muda tudo: deixa de fumar, mudamos de casa, passa mais tempo comigo;
-pediu-me perdão por tudo o que me fez, mas não pediu desculpa pelo natal que passei sózinha, diz que dou muita importância a pequenas coisas...;
-tentemos mais uma vez durante um mês, não!, uns 15 dias então...
-que não estava á espera, sabia que estavamos mal, mas nem por isso se esforçou para resolver as coisas;
-pediu-me tempo para assimilar tudo e pensar o que vai fazer, porque ele é uma vitima no meio disto tudo...;
-propôs que fossemos à terapia de casal, não disse-lhe eu, vai tu por ti porque por mim já não vale a pena, mas ele vai na mesma dizendo que é por mim que faz isto porque ele não precisa de ajuda...
Sim, eu sei que devia ter sido mais firme, é não e não, mas não consegui por medo, queria resolver tudo isto amigavelmente, porque ele é mau e vai-me fazer a vida negra, a mim e á filha.
Quando digo isto quero dizer que ele verbalmente pode ser cruel, ainda ontem, enquanto me estava a pedir perdão, estava com uma expressão ameaçadora, com a testa franzida e o olhar rude, como se quisesse abrir-me o cerebro e fazer-me um implante de perdões...
Estavamos na cama, e só não me levantei porque não quis dar parte fraca, mas tive que desviar o olhar e a cara para não ver essa expressão e me manter firme nas minhas ideias.
A minha vontade é contar a toda a gente, talvez assim eu consiga manter a minha vontade (como toda a gente sabe, será mais dificil voltar a trás, quanto mais não seja por vergonha).
Não posso afirmar que não tenho duvidas, mas não me consigo imaginar com ele, não quero que ele me toque, desconfio de todas as boas acções dele, estou sempre á espera que ele me pregue alguma.
Ainda ontem tive medo que não fosse buscar a C. ao infantário, eu estava a trabalhar e andei em sobressalto, porque ele é bem capaz disso, um dia que lhe passe uma nuvem pela cabeça toda a maldade dele vai vir à tona...
Enquanto isto tudo acontece, vou me sentindo enjaulada, como se ele me estivesse a prender (coisa que está realmente a acontecer), como se me dissesse - ficas aqui enquanto eu vou tentar convenser-te que posso mudar, não sais daqui enquanto isso não acontecer...
Tenho esperança que a consulta que ele marcou o ajude a ver tudo de maneira diferente e ao mesmo tempo sei que se calhar vai ficar tudo na mesma, tudo depende da verdade que ele contar...

14.10.06

... (parte 2)

E pronto! Não fiz nada do que estava previsto para fazer ontem, mas falei com ele muito seriamente.
Contei-lhe o que ia na minha alma, e como seria de esperar eu é que tenho razão, sou uma egoísta, ele tem feito tudo o que eu quero e não pode ser, sou uma vitima,etc...
E, afinal de contas, sempre tive marido, mas só nas férias, só aí é que ele pode dar-me as mãos...
Ilude-se ao dizer que agora não quer mais filhos, agora, pois pode ser que daqui a uns anos ele já queira...
Ficou muito chateado quando eu lhe disse que queria tirar a pós-graduação, porque eu queria ir logo este ano tirá-la se ele não se tivesse oposto....
Sabes, perguntei-lhe o que ele tinha mudado ao longo destes anos, ficou uns segundos a pensar e depois disse-me que, de momento, não lhe ocorria nada...
Tentou meter o sofrimento da C. ao barulho, mas até eu fiquei surpreendida com a minha reacção, ela sabe que alguma coisa se passa, mas não sabe o que é, portanto ela não sofre conforme ele estava a tentar incutir-me.
E foi aí que eu soube que por ela, pelo bem estar dela, eu sou e vou ser capaz de tudo, eu mato-o se for preciso, mas acima de tudo temos que preservar o bem-estar dela!!
Mas se ele começa a mexer com ela, eu juro que dou cabo dele num abrir e fechar de olhos, talvez não matá-lo mas arruino a vida dele num instante! Palavra de S!
No meio desta discussão disse-lhe que a unica maneira disto resultar seria: ele deixar de fumar e ter mais tempo para mim. Curiosamente no final da conversa ele sacou de um charro e fumou-o, e isso não me surpreendeu...
No final também disse-lhe de temos que resolver isto os dois, como duas pesoas civilizadas, ele disse que não resolvia nada, eu é que queria acabar tudo, eu que pensasse.
Portanto por ele continuava-mos neste vida hipócrita, com tudo por resolver. Como vês, nem aqui ele é capaz de decidir seja o que for.
Nem para decidir a vida dele ele se mexe, está á espera que eu resolva tudo, portanto logo, mais uma vez, vou tentar falar-lhe daquilo que eu quero fazer...
Fica bem, porque eu não estou nada bem...
Só sei da minha vida até logo ao jantar, nem sei se vou trabalhar na segunda, nem sei se le vai cá estar, nem sei como vou viver estas prózimos dias...

12.10.06

...

O dia D foi hoje, mal fechou a porta atrás de mim, entrei num choro compulsivo e desesperante.
Impõe-se tomar uma atitude! Decidir o que quero! Ou o divócio, telefono para um advogado e aconselho-me e tomo as respectivas providências, ou falo com ele e tento novamente.
Quanto á primeira, pareceu-me tão definitivo que entrei em choque e de repente tive dúvidas, quanto á segunda não me apetece tentar novamente, porque ele não vai mudar e vai magoar-me novamente.
Tenho 15 dias.
Telefonei á E. , só para ver se me acalmava, pois não podia ir buscar a minha filha assim e resultou, cinco minutos foram os suficientes para ganhar forças para disfarçar em frente ao amor da minha vida, a C.
Agora enquanto eu te escrevo, penso porque é que tudo é tão dificil???, parece que levei uma tareia, a sensação é a mesma que aquela que eu tenho no fim das discussões que tinha com ele.
Gostava que isto se resolvesse por obra e graça do espírito santo, que ele chegasse a esta conclusão e saísse de casa por livre vontade, sem me fazer sofrer mais...
Mas enquanto isso não acontece, fui buscar o nome da minha professora de direito , Dra HMF, que é advogada e tem bastante prática em casos de divórcio, hoje já não, mas amanhã, eu saio da noite e várias coisas tenho que fazer:
-prevenir a chefe que posso entrar para o fixo a qualquer momento e se há disponibilidade neste serviço, ou se tenho de pedir transferência;
-arranjar coragem para ligar á advogada e marcar uma consulta, ou outra coisa qualquer para me informar;
E mais não digo , vamos ver como corre a noite, depois logo se vê.
Parece que ganhei novo alento, como se finalmente visse a luz ao fundo do tunel.
Talvez até fale com ele, ou achas que seria de mais para mim?
Fica bem

9.10.06

México!!


Aquilo é um espectáculo!
Um tempo espetacular, quente, mas sem exagerar, isto porque chovia torrencialmente durante +/- uma hora e depois ficava um sol abrasador!!
Os mexicanos, orgolhosos da sua descendencia maia, fazem questão de preservar e recriar ambientes dessa época.
Os parques temáticos, inseridos em reservas ecológicas, são deslumbrantes e tiram o máximo partido disso para fascinar o turista que é a sua principal fonte de rendimentos.
Tratam-nos bem, em troca querem que respeitemos a natureza não fazendo lixo, não fumando, não estragando o que está feito.
Como eles dizem : se gostamos do México, devemos falar a todos, senão, não falamos nada a ninguém.
E eu gostei muito, muito mesmo!!!

22.9.06

Férias

Apartir de hoje e até dia 9 de Outubro, não poderei escrever-te, porque ele vai estar em casa, e este é um lugar só nosso, e depois dia 25 vou para o México, vou passar lá o meu aniversário(que é dia 26, faço 33 longos anos).
O que se diz meu marido também vai (afinal), portanto tenho cá para mim que vai ser o pior aniversário de sempre...
Até lá...Vou ter saudades tuas...Uma beijoca para ti

Mudanças

Não, eu não tenho medo da mudança, até porque já tive mudanças drásticas na minha vida e ainda estou viva.
A primeira foi mudar-me de uma cidade como é o Porto, mais propriamente Rua S. C., que é no centro da cidade, para viver em V.( um lugarejo) a 15 minutos de Aveiro.
No Porto tinha, e ainda tenho, a minha família, os meus amigos e trabalhava num hospital central, tinha tudo á mão de semear, não tinha carro, porque não precisava, e se precisasse de alguma coisa, ao lado do meu prédio, certamente, havia uma loja qualquer, (uma não, muitas) que a tinham.
Aqui, onde vivo, só tenho campos á minha volta, se quero alguma coisa tenho que pegar no carro e ir á procura, e o hospital onde trabalho parece uma aldeia, toda a gente sabe a vida de toda a gente
Não tive medo porque também não sabia para aquilo que vinha, porque se soubesse o que sei hoje...
A segunda grande mudança foi mudar de serviço, comecei a minha carreira num serviço, e passados seis anos senti que era altura de mudar, e lá pedi eu transferência para um serviço que não tem nada a ver com o primeiro, mas do qual eu gosto muito!!!
A terceira grande mudança foi ser mãe, aqui não há comentários possiveis!!!
Em 9 anos, passei toneladas de horas sózinha, de tal maneira que agora não sou capaz de fazer algumas coisas acompanhada, porque me faz bastante confusão.
Sózinha à espera de quem nunca chegou...Adormeci sózinha, fui passear sózinha, comi sózinha e até passei um Natal sózinha...
Sim, sem duvida que a solidão é má conselheira, no inicio cheguei a pensar em suicido, mas consegui resistir e dar a volta por cima, mas uma pessoa habitua-se a ela e depois...
Foram muitos anos sózinha e não quero que a minha filha cresça sem o pai, apesar de ele vir dormir a casa.
Portanto, da solidão não tenho medo, porque aprendi a sobreviver ao logo destes anos, e da mudança...Bem qual mudança? Vou deixar de estar sózinha acompanhada, para estar realmente sózinha, ninguém vai dormir á noite na minha cama a não ser eu e, talvez a minha filha.
A grande diferença é que eu não tenho mais 23 anos, mas sim 33...
Fica bem

20.9.06

Sonho...

Deixa-me contar-te este sonho que tive hoje (antes que ele chegue para almoçar)...
Sei que o J. estava pertinho de mim, sentados talvez, mas não sozinhos, talvez no serviço, onde temos sempre muita gente à volta...Olhou para mim tão perto, tão perto que senti a respiração quente dele na minha pele... e então ficamos à distancia de um beijo...cada vez mais perto, cada vez mais perto, tão perto que vi a marca dos óculos novos, azuis, que ele tem...e eu, no limite das minhas forças, desviei a cara e reparei que estavam outras pessoas, mas com um bocado de sorte ninguém tinha reparado neste momento tão intenso...
Acordei, mas acordei incomodada, primeiro porque sou casada e já não é a primeira vez que sonho com o J. e depois fico com a sensação de traição; em segundo lugar, só vem comprovar que estou extremamente carente, não só a nível emocional, como sexual e sentimental.
Quanto ao J. deixa-me só dizer-te que é notório uma atracção entre nós os dois, talvez só ao nível sexual, sendo ele um homem mais velho que eu (20 anos) e de outra profissão, ainda que inserida na área de saúde, sinto que me poderei perder naqueles olhos castanhos claros a qualquer momento, pelo que evito olha-lo nos olhos, mesmo sabendo que passa a vida a olhar para mim quando estamos na mesma sala a trabalhar. E como ando numa carência e solidão notórias, sei que posso cair na conversa dele (tem muita!!!) assim como outras colegas minhas já cairam, e a última coisa que preciso é de ser carne para canhão, mesmo que isso aconteça com o meu marido...

19.9.06

CONSEGUI!!!

Num acto de coragem, ou seja, sem pensar muito no assunto, consegui marcar a consulta que tanto queria.
Dia 12 de Outubro lá vou eu ganhar estrutura psicológica para enfrentar o meu marido e endireitar a minha vida, mas até lá, nas férias que se aproximam a dois (sim, porque a minha menina não vai, vai para casa dos avós), que serão 9 noites e sete dias, com certeza vai surgir hipótese de conversa e mais uma vez vou falar para as paredes.
Talvez aí, longe e sem hipótese de ser interrompida pela minha filha, eu consiga dizer o que me vai na alma, mesmo sabendo que ele não me vai pedir desculpa, não vai compreender, mas vai dizer, ou melhor, vai deixar no ar que apartir de agora vai ser diferente (pelo menos até à próxima vez altura, em que eu torno a pensar como fui crente mais uma vez).
É sempre um ciclo vicioso, no qual eu não quero mais entrar.
E tu, o que pensas? Gostava que falasses comigo...mas contento-me com a tua capacidade de ouvir, que já me ajuda bastante...
Fica bem

18.9.06

Coragem, precisa-se!

Com esta brincadeira toda, chego à conclusão que sou uma cobarde!
Falta-me coragem para tomar decisões importantes na minha vida, falta-me coragem para falar com ele (mesmo sabendo que ele não me vai ligar nenhum), falta-me coragem para ligar a uma profissional para me ajudar a esclarecer a minha mente cada vez mais inquieta.
Tudo seria mais simples se eu voltasse a cair no mesmo, e o desculpasse, mas o medo que eu tenho que tudo isto se repita daqui a algum tempo é maior, sempre são 9 anos da minha vida a viver sempre as mesmas situações e eu ainda sou nova para me resignar, e assim talvez a vida me dê outra oportunidade para ser feliz, mas desta vez só com a minha filha.
Portanto sempre que olho para ele e me dá essa vontade, eu "sento-me" e espero que passe, e agarro-me às últimas coisas que ele fez e disse e que me magoaram brutalmente.
Só assim eu sei o que não quero, contudo não tenho coragem para fazer o que realmente eu quero: ir embora e não voltar mais.
Tenho medo das vinganças dele, tenho medo de ele começar a cantarolar, como fazem os garotos, quando eu estiver a falar, tenho medo que ele me tire a minha filha, tenho medo de começar outra vez tudo, e mais uma vez sózinha, tenho medo da reacção dos meus pais, mais propriamente do meu pai e do sofrimento da minha mãe.
PRECISO DE GANHAR CORAGEM PARA LIGAR PARA ESTE NÚMERO DE TELEFONE E MARCAR ESTA CONSULTA, URGENTEMENTE!

14.9.06

Livros

Adoro ler! Agora que acabei o complemento e a minha filha foi para a escolinha e estou de férias, tenho mais tempo para ler.
Acabei hoje de ler o primeiro livro de Fátima Lopes. Todas as três histórias que ela conta, têm alguma coisa em comum com a minha história de vida, mais propriamente com a história do meu casamento, e querendo ou não deu-me algumas pistas do que foi a minha vida e do que é agora.
A minha necessidade de agradar ao meu marido, fez com que anulasse todas as minhas vontades.
Neste momento é como se renascesse das cinzas, e me tornasse cada vez mais auto-suficiente: com vontade propria, com cada vez menos vontade de partilhar com ele a minha vida, comecei a tratar de mim em primeiro lugar: imiciei a fisioterapia, saio com as minhas amigas, fui muitas vezes á praia sózinha. Não fico mais a espera de quem nunca chega.
Vou ao México quer ele vá ou não e depois de vir vou continuar a tratar da minha imagem, coisa que nunca fiz. E desta maneira, muito lentamente e com algum sofrimento, tenho dado rumo á minha vida e cada vez mais penso que já não preciso dele para nada
Nem no sexo, mas para mim não é fácil falar sobre isso, e esta história ficará para outras nupcias.
Fica bem!
P.S- Se é para o meu bem, com certeza que vai acontecer!!!!!

11.9.06

homenagem

Quero deixar aqui a minha sentida homenagem a todos aqueles que faleceram inocentemente no WTC á cinco anos atrás.
Para todos os outros, incluindo eu, desejo que nunca se esqueçam daquilo que o ser humano é capaz de fazer aos da própria especie, quanto mais às outras especies supostamente inferiores.
Para que nunca esqueçamos... para nunca mais se repetir tamanha barbaridade...

8.9.06

Instinto

O instinto de sobrevivênvia é fantástico!!
Leva-nos a procurar soluções, quando aparentemente não existem.
A vida tem destas coisas, para grandes males, grandes remédios.
A minha vida neste momento é incerta: eu não sei como vai ser o meu futuro próximo, só sei que tenho uma filha que precisa de mim bem disposta e com o mínimo de "telha" possível, isto porque as crianças são muito sensiveis ao nosso estado de espírito e ela já notou que alguma coisa não está bem entre os pais.
Hoje por exemplo não dormiu nada bem, talvez com pesadelos e na escolinha disseram-me que ela andou coceguenta o dia todo...
Infelizmente os filhos são os primeiros a sofrer com a crise conjugal, portanto eu tenho que ser forte por ela e procurar ajuda profissional porque realmente não sei o que fazer..., mas sei o que não quero mais para mim!
Um beijo
PS-problema partilhado é problema simplificado, ainda bem que existes...

7.9.06

Trabalho

Não há nada como ir trabalhar naquilo que gostamos!!!! Trabalho na área da saúde, e realmente adoro aquilo que faço. É o que me mantem distraída nestes tempos dificeis!
Contactar com outras pessoas, com outras maneiras de estar na vida, com outros problemas bem mais graves que os meus.
Mas 2ª feira entro de férias 4 semanas, portanto só vou trabalhar no dia 10 de Outubro e, até lá, não sei muito bem o que vou fazer para ocupar o tempo e a mente...Ele só vai estar de férias uma semana, que é a semana que vamos para fora. Digo eu!! Poi conforme isto está, não me admiro nada que ele, à ultima da hora, diga que não pode ir porque o trabalho assim o exige.
Mas se isso acontecer não vou ficar cá, não. À primeira todos caem, à segunda só cai quem quer!!!! Na altura da expo 98, ele também não quis tirar férias e fui eu, sózinha, somente um dia à feira.
MUITO BURRA FUI!!!!! Agora teria ficado lá três ou mais dias para ver aquilo tudo.
REALMENTE O AMOR É CEGO!
Fica bem.

6.9.06

A solidão aperta outra vez.
Provavelmente nunca se ausentou, andou sempre disfarçada com pequenas alegrias daquilo que parecia evolução humana.Mas afinal...
Passados 9 anos e meio vejo que nada mudou e que o amor que existia deixou de ser cego.
Agora que olho para trás, vejo que ele sempre foi assim, mas eu nunca quis ver, pois a esperança foi sempre maior.
Quando olho para ele ainda penso que poderá mudar, mas rapidamente visualizo que aquele homem nunca vai mudar e talvez eu queira o impossivel.
Um dia alguém disse que temos que aceitar as pessoas como elas são e que não devemos tentar muda-las.
Sim, provavelmente foi isso que aconteceu, eu não o aceitei e tentei mudá-lo. Contudo eu mudei tanto ao longo destes anos, porque é que ele não mudou também?
Fica bem!