26.11.06

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Têm sido dias muito dificeis.
Desde que o meu pai teve a triste ideia de dar palpites, que as coisas pioraram.
Se dantes tinha vontade de estar com eles, agora não quero e não me apetece estar com os meus pais. Para quê? Para me darem nas orelhas ou para se armar em parvo?, não, não me apetece mesmo nada...
Devo esta situação ao meu futuro ex-marido, que mais uma vez conseguiu o que queria, afastá-los daqui...
E eu fiquei sem o meu ninho, onde eu me sentia estimada e protegida, como se zelassem por mim, mesmo longe de mim.
Agora sobra-me meia-duzia de amigas.
Hoje vim trabalhar de manhã e, quando sai às 15 h, pensei: e agora? Não tenho ninguém à minha espera.
Fui para casa e tomei um banho quentissimo, enchi-me de creme, calçei dois pares de meias e um fato de treino e enfiei-me no sofá a ver 007 até que pai e filha chegaram.
E pensei que este vai ser o meu futuro, certamente vai existir fins-d-semana em que vou estar sem a minha menina, e eu tenho que aprender a não viver em função dela, senão qualquer dia ela faz comigo o que o pai me fez-manipula-me!
De vez em quando desligava desta realidade e ía até a minha ilusão onde passei o fim-d-semana com alguém que me ama, quase que pude sentir o seu peito nu e cheio de pelos na minha cara.
Se fechasse os olhos poderia sentir até o seu cheiro.
É incrivel o que o ser humano inventa para fugir a uma realidade dolorosa, e, eu na 6ª feira passada tinha dado tudo, mas tudo mesmo por uns momentos assim.
Quando saí daqui, não fui logo para casa, fui até um sítio que eu gosto particularmente nesta cidade e fiquei lá a olhar para o infinito e para a àgua.
A sorte era que eu estava com o carro dele, porque senão tinha ido até à Costa ou até à Vagueira, que é o unico sitio onde se vê o mar. Aí sim, ter-me-ia acalmado....o mar revolto acama-me
Prevê-se uma semana diferente...Talvez...Quem sabe....
Fica bem

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