22.10.06

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O tempo passa e os homens comportam-se sempre da mesma maneira quando perdem "o seu amor".
Quando tinha 16 anos tive um namorado que me traiu, e eu, boa cachopa, decidi dar-lhe uma segunda oportunidade, até que um dia chega a casa a dizer que estava confuso, que tinha conhecido uma garota e não sabia de quem gostava mais. Ora, aquilo que vi e que não vi acabei o namoro, ele saiu de minha casa a chorar e a suplicar o meu perdão.
Anos mais tarde também acabei um namoro, já na faculdade, e ele no seu desespero e também a chorar disse que dava um tiro na cabeça...não lhe liguei nenhum...
Agora, ele também chora, pede-me perdão, pede-me uma segunda oportunidade, diz que anda triste e não consegue trabalhar...
Não, digo eu, quantas oportunidades é que eu lhe dei, há quanto tempo ando triste, sem conseguir dar o meu melhor no meu serviço, quantas lágrimas eu já chorei por ele e só agora é que se lembrou...
Os anos passam mas os homens continuam iguais e a vida vai avançando indeferente a isto tudo...
Pergunto-te a ti , que me tens ouvido pacientemente, quanto tempo é que ele vai demorar para me deixar ir embora?
Quanto tempo vou eu aguentar sem o mal tratar, sem descarregar a minha furia, que agora parece estar a surgir, como se estivesse enterrada à muito tempo...
Da ultima vez que falamos , fui bastante rude com ele, tantas vezes me acusou de me estar a armar em vitima e agora ele é que está a fazer esse papel de desgraçado, diz que falou com a irmã desabafou com ela,mas não chegou, portanto ligou para a minha amiga E. para desabafar...
LIGOU PARA A MINHA AMIGA...só me apeteceu espancá-lo!!!; depois disse-me que pensou em ligar para o meu pai para falar com ele...Ainda pensou naminha amiga M. mas que mudou de ideias...
Não sei muito bem o que ele pretende mas...se calhar até sei, quer que sejam os meus amigos a dizerem-me para lhe dar mais uma oportunidade, passados tantos anos ainda acha que sou facilmente influenciavel por quem quer que seja...
Estas pequenas coisas já não me magoam, mas deixam-me triste pois conheço-o como a palma das minhas mãos, mas ele não se deu ao trabalho de me conhecer...

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