7.10.17

Outubro, parte2

COISAS BOAS ACONTECEM A PESSOAS BOAS!

Acabei de ler um livro, uma historinha de amor, daqueles que me fazem sempre, sempre desejar um homem assim, uma relação assim, uma ilusão assim.

E esta frase bem lá escrita uma quantidade de vezes, é sobre uma mãe separada com uma filha biológica e o enteado, habituada a desenrascar-se sozinha, e chega um estranho e começa a ajuda-la para fugir à realidade.

Ele mandou.me uma sms, a saber se eu estava em casa e se podia vir buscar o correio, disse-lhe que  sim.

Perguntou pela Carolina e fugiu a 7 pés...deu-me um abraço e eu não fui capaz de corresponder, fiquei dura como uma tabua, de repente tive consciência de todos os meus músculos das costas e pescoço... e não sabia que eram tantos!

Vinha descontraído, de vermelho, de calções, devia ter vindo de treinar ou ia treinar...

Brando, deprimido, fugiu, angustiado, a choramingar.

Até parece que gosta de mim e tem saudades minhas, e agora, a paixão platónica que tinha por ela, passou a ser por mim.

Gostamos tanto um do outro, e não somos capazes de resolver isto, nunca vou conseguir perdoa-lo, não sou capaz de baixar as defesas porque sei que ele vai brincar comigo ao faz de conta, como fez nestes dois anos.

Isto nunca vai resultar e nunca vamos conseguir ultrapassar este fosso que eu fui construindo, o meu muro, é pior que o do México!

No meu delírio, imagino-o a convidar-me para passar o dia de amanhã com ele, para falar-mos e esclarecer-mos as coisas, nem que seja para ele me dizer que gosta muito dela e que ela é o máximo.

Gostava que isso acontecesse, ou num deliria maior, dizer que me adora e me ama, e não consegue viver sem mim, que está muito arrependido, e que vai compensar-me ;).

Estas historietas fazem-me mal, fazem-me desejar uma vida que nunca esteve ao meu alcance, com um amor perfeito e um homem cheio de defeitos mas que está lá e apoia.

Mas gosto de lê-las, e depois ando a choramingar uns dias, a ver os casais abraçados e a invejá-los, mas contente por ver que existe amor, apesar de eu não ter tido sorte.

O outro continua a mandar-me sms, mas já não respondo, ele sabe da minha história e sabe quem eu sou e provavelmente só quer gozar comigo, quem sabe a polly pocket não está por trás disto...

Não quero perder a esperança no amor, mesmo que eu não o tenha, tantos que tem, e o estimam, não quero ser ressabiada, não quero parecer azeda e amarga, quero ser como era quando o z. saiu de casa.

Quero aceitar o que a vida me deu para trás e o que me tem dado até hoje, aceitar e agradecer, porque tenha sorte e se eu nunca mais quero sofrer ou ter alguém, isso não pode fazer de mim triste e amargurada, é uma opção de vida, da minha vida.

Coisas boas acontecem a pessoas boas, e eu sou uma boa pessoa, e cada vez mais me convenço disso, e eu gosto de ser assim, portanto vai continuar a acontecer-me coisas boas!

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