19.10.18

Tempo...

O tempo e a medicação psiquiátrica cura tudo.

E algumas manifestações de respeito e consideração.

Ela mantem-se firme e hirta, a chateá-lo todos os dias, com sms, a fazer-se de coitadinha.
Lá vai fazer pic com ele, e ri-se alto, para eu ver que ela lá estava, ele como não quer a coisa, puxa conversa comigo no meio do corredor e ficamos a conversar, para toda a gente ver, incluindo ela.

Gestos simples que me confortam e me serenam….

Está quase a ir embora, para Leiria, dizem, vamos ver, imagino que no inicio vão ser só duvidas existenciais e vai ter de ligar várias vezes para tirar as duvidas, já foi acusado de não lhe ligar nenhum…
Ele continua lacónico e frio, distante e neutro com ela, vamos ver...ela vai desaparecer fisicamente, mas no ar, ainda vai andar por uns tempos, ainda deve vir cá fazer urgências e tal, porque não quer perder o vinculo, e gostava tanto de cá ficar….coitadinha....dela...

No serviço andamos de baixo de fogo, ando eu debaixo de fogo: o diretor pensa que eu tenho medo dele, ou de quem quer que seja, que me pode abanar com um punhado de notas que tenho de fazer tudo…. está enganado… tenho medo de processos, porque não sei o que isso é, mas ele devia ter mais, porque de certeza que tenho menos a perder que ele ou que qualquer dos amigos dele.

Ontem consolei-me a mandar bocas e a meter o drM no sitio, ele até ficou vermelho, o D não se pronunciou e pôs-se logo a andar e o Sérgio ficou a ouvir o que saia, ouviu o que quis e o que não quis, pode ir meter tudo no cu do chefe que eu deixo, perdido por cem perdido por mil.

Retratos da vida….

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